sábado, 26 de setembro de 2009

Novas informações sobre deficiência mental
O conceito atual de deficiência mental vê cada indivíduo de forma global e funcional, o que significa transpor o conjunto de condições apresentado por ele para a sua interação com o ambiente em que se encontra. Esta nova abordagem tem como base as práticas e concepções daqueles cuja atividade ou vida diária está diretamente vinculada à deficiência mental: os profissionais, os pais, amigos e os próprios deficientes.
A deficiência mental não é uma característica absoluta, cujo funcionamento intelectual é limitado, mas sim uma expressão de sua interação com ambientes sem mecanismos adequados de apoio que lhes possibilitem explorar plenamente suas potencialidades।

Como é o diagnóstico?
A deficiência mental é uma condição que envolve diversos fatores e o seu diagnóstico é estabelecido, segundo critérios e testes psicodiagnósticos específicos, que focalizam a investigação cuidadosa dos aspectos médicos, psicológicos e sociais do indivíduo, visando identificar os tipos de apoio necessários para o amplo desenvolvimento de suas potencialidades. Para este trabalho, é indispensável o envolvimento de equipe multidisciplinar, composta por profissionais de várias especialidades médicas, como Pediatria, Neurologia, Psiquiatria e Genética, assim como por Assistentes Sociais, Psicólogos, Fonoaudiólogos e por profissionais que realizam exames complementares de laboratório.
Todo esse processo é realizado dentro de uma abordagem que substitui a rotulagem dos indivíduos por uma sistemática de investigação que leva a descrições personalizadas das limitações, potencialidades e necessidades de apoio. Os mecanismos de apoio que se identificam são os que efetivamente possibilitam aos portadores da deficiência mental a minimização de suas dificuldades.

Como melhorar a qualidade de vida?
O objetivo principal dos apoios é possibilitar ao indivíduo uma qualidade de vida satisfatória, representada pelo mesmo conjunto de fatores e relações, com acesso às mesmas oportunidades, para pessoas com ou sem deficiências। Estaremos melhorando a nossa própria qualidade de vida, sempre, quando melhorarmos a de todos aqueles à nossa volta.

Quais são as causas?
Com referência às causas específicas da deficiência mental, é importante sublinhar a necessidade de identificá-las claramente. Poderia ser concluído que, à medida que os apoios necessários são independentes das causas, não seria necessária a investigação diagnóstica. Isto representa um grave erro, pois a causa em si pode ser tratável, como na fenilcetonúria, uma anormalidade do metabolismo, que pode ser detectada precocemente no Teste do Pezinho, e que, com tratamento dietético específico iniciado nos primeiros meses de vida, dará à criança uma oportunidade de viver normalmente.
Informações a respeito de determinadas doenças são fundamentais para que sejam estabelecidas e avaliadas medidas de prevenção, como, por exemplo, os programas existentes de diagnóstico precoce e tratamento daquelas doenças que são detectadas pelo Teste do Pezinho. Não se previne aquilo que não se conhece.
Há até quase duas décadas, acreditava-se que a deficiência mental era causada por processos apenas biológicos ou apenas psicossociais, sem que se explicasse, no entanto, por qual motivo pessoas com doenças semelhantes apresentavam desempenhos diferentes. Por que entre duas crianças portadoras da Síndrome de Down, por exemplo, uma conseguia ser alfabetizada e a outra não? Além disso, trabalhos científicos, publicados na década de 80, mostraram mais de uma causa para acima de 50% dos casos de deficiência mental. Atualmente, apesar de todo o desenvolvimento tecnológico, há ainda, cerca de 30% dos casos de deficiência mental sem causa biológica definida.
É ainda mais complicado separar as causas da deficiência mental, devendo-se incluir aspectos biológicos e ambientais que podem afetar a gravidez, o parto, ou o período de maior desenvolvimento do sistema nervoso central, e que podem ou não provocar anormalidades prolongadas, ou até permanentes, no desenvolvimento integral do indivíduo. Estes fatores podem ser biomédicos, como por exemplo, as síndromes de origem genética, ou condições ligadas à desnutrição protéico-calórica, ou infecções do sistema nervoso central, dentre outros. Podem ser de origem social, os chamados "estímulos" oferecidos pelo contato interpessoal, na família e na comunidade, ou a fatores comportamentais maternos, potencialmente prejudiciais, como o uso de álcool durante a gravidez. Ou, em último grupo, aqueles relacionados à disponibilidade e qualidade do apoio educacional. É impossível negar a interatividade desses fatores.


Como se faz a prevenção?
Os fatores de risco podem, também, interagir em diferentes gerações da mesma família, pois podem estar presentes nos pais da criança com deficiência mental, na própria criança, ou em ambos. É essencial considerar esta interatividade de fatores e de gerações quando se aborda a prevenção da deficiência mental.
Devemos disseminar informações que estimulem ou desenvolvam ações voltadas para três níveis de prevenção, consistindo da prevenção primária, com ações que devem ocorrer antes do início da condição, como no caso de se evitar a síndrome alcoólica fetal; da prevenção secundária, que visa diminuir a duração ou reverter o impacto de problemas existentes, que pode ser exemplificada pelo tratamento com medicamentos específicos para o hipotireoidismo congênito. Por último, há a prevenção terciária, que busca limitar as conseqüências adversas da condição existente ou melhorar o nível funcional do indivíduo, representado, por exemplo, pelo trabalho de estimulação precoce desenvolvido com crianças portadoras de paralisia cerebral. A deficiência mental é uma condição sociologicamente determinada, que descreve as relações entre as capacidades do indivíduo e as demandas e expectativas de seu meio ambiente. É preciso também abandonar a idéia de que a prevenção só pode ocorrer antes do nascimento: a prevenção deve ser estabelecida durante toda a vida, pois sempre há algo que pode ser feito.

Fonte: Sentidos Dr. Marcelo Gomes, neuropediatra Texto adaptado para divulgação no site do Instituto Indianópolis.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Apresentação

Apresentação sobre deficiência mental, realizada pelas alunas da Universidade de São Paulo.

Deficiência Intelectual
Segundo a AAMR (Associação Americana de Deficiência Mental) e DSM-IV (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), pode-se definir deficiência mental como o estado de redução notável do funcionamento intelectual inferior à média, associado a limitações pelo menos em dois aspectos do funcionamento adaptativo: comunicação, cuidados pessoais, competência domésticas, habilidades sociais, utilização dos recursos comunitários, autonomia, saúde e segurança, aptidões escolares, lazer e trabalho.
Segundo critérios das classificações internacionais, o início da Deficiência Mental deve ocorrer antes dos 18 anos, caracterizando assim um transtorno do desenvolvimento e não uma alteração cognitiva como é a Demência.
É preciso que haja vários sinais para que se suspeite de deficiência mental. Um único aspecto não pode ser considerado como indicativo de qualquer deficiência.
A deficiência mental pode ser caracterizada por um quociente de inteligência (QI) inferior a 70, média apresentada pela população, conforme padronizado em testes psicométricos ou por uma defasagem cognitiva em relação às respostas esperadas para a idade e realidade sociocultural, segundo provas, roteiros e escalas, baseados nas teorias psicogenéticas.
Classificação da OMS (Organização Mundial da Saúde)
Coeficiente intelectual
Denominação
Nível cognitivo segundo Piaget
Idade mental correspondente
Menor de 20
Profundo
Período Sensório-Motriz
0-2 anos
Entre 20 e 35
Agudo grave
Período Sensório-Motriz
0-2 anos
Entre 36 e 51
Moderado
Período Pré-operativo
2-7 anos
Entre 52 e 67
Leve
Período das Operações Concretas
7-12 anos
Todos os aspectos citados anteriormente devem ocorrer durante o desenvolvimento infantil para que um indivíduo seja diagnosticado como sendo portador de deficiência mental.
Intensidade dos Apoios

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde - OMS, aproximadamente 10% de qualquer população são portadoras de algum tipo de deficiência. O Brasil possui atualmente cerca de + 180 milhões de habitantes, logo + 18 milhões de pessoas possuem algum tipo de deficiência. Desse total, 50% são portadoras de deficiência mental. O que eles precisam? Eles precisam exatamente das mesmas coisas que qualquer um de nós: dignidade, respeito, liberdade, educação, saúde, lazer, assistência social, trabalho e amparo Direitos fundamentais e inalienáveis de todos os seres humanos. A Deficiência Mental caracteriza-se por registrar um funcionamento intelectual geral significativamente abaixo da média, oriundo do período de desenvolvimento, concomitante com limitações associadas a duas ou mais áreas da conduta adaptativa ou da capacidade do indivíduo em responder adequadamente às demandas da sociedade, nos seguintes aspectos: comunicação e cuidados pessoais, habilidades sociais, desempenho na família e comunidade, independência na locomoção, saúde e segurança, desempenho escolar, lazer e trabalho.
Inserir alunos especiais em escolas comuns por meio de leis é uma forma perigosa de inclusão.
Diante da notícia de que o ministro da Educação, Fernando Haddad, devolveu ao Conselho Nacional de Educação (CNE). Para revisão, o parecer que recomenda a obrigatoriedade da matrícula de alunos com deficiência em escolas comuns, é imprescindível termos clara a definição e abrangência de uma lei como essa. Estamos acostumados a reproduzir um discurso favorável à inclusão, mas que imaginamos que isso possa representar está bem longe da realidade . Só quem sabe conhece o problema de perto sabe avaliar o quão complexo seria inserir crianças com algum tipo de deficiência num meio que não é adaptado a elas.
O direito de freqüentar uma escola regular não assegura ao aluno com necessidades especiais a qualidade de usufruto desse direito. Solucionar problemas complexos por meio de leis impositivas é uma forma de incluir alunos, se considerarmos o direito à felicidade e oportunidades adequadas às necessidades da cada etapa de desenvolvimento da criança.
Para oferecer atendimento justo e eficaz, a escola precisa adotar critérios de avaliação que levem em conta especificidades individuais e que não comparem o desenvolvimento de aluno especial com padrões pré-estabelecidos, mas apenas com seu próprio desempenho.
Assim viabilizamos o reforço positivo, essencial para o desenvolver o autoconceito da criança, estimulamos o talento natural do aluno e focamos na realização pessoal de cada um. Não restam dúvidas de que crianças especiais incluídas por força de uma lei não têm assegurado o direito ao atendimento especial que merecem.

Nylse Helena Silva Cunha

Fonte: Jornal Estado de São Paulo - Domingo. 23 de agosto de 2009.

sábado, 19 de setembro de 2009

Relação Professor/aluno:
  • Ter uma postura estável e confortável é fundamental para que se consiga um bom desempenho funcional। Fica difícil a realização de qualquer tarefa quando se está inseguro com relação a possíveis quedas ou sentindo desconforto.
  • Se a pessoa usar uma cadeira de rodas, não fale por muito tempo dando explicações demoradas, pois é incomodo ficar olhando para cima por muito tempo। Se for possível lembre-se de se sentar.
  • A cadeira de rodas é parte do espaço corporal da pessoa quase uma extensão de seu corpo। Procure não segurar na cadeira.
  • Nunca movimente a cadeira sem pedir permissão à pessoa.
  • Quando escolher outra pessoa para empurrar a cadeira explique que terá que fazer com cuidado.
  • O aluno com deficiência física poderá participar de qualquer atividade desde que seja empurrado por alguém.
  • Pessoa com paralisia cerebral podem ter dificuldades para andar. São pessoa comuns como você। Geralmente tem inteligência normal.
  • Se você não entender o que um Portador de paralisia cerebral diz, peça para repetir, pois isso é importante para que ele exercite a fala, e possa se comunicar com todos.
Relação Professor/aluno:
  • Se a pessoa usar uma cadeira de rodas, não fale por muito tempo dando explicações demoradas, pois é incomodo ficar olhando para cima por muito tempo. Se for possível lembre-se de se sentar.
  • A cadeira de rodas é parte do espaço corporal da pessoa quase uma extensão de seu .Procure não segurar na cadeira.
  • Nunca movimente a cadeira sem pedir permissão à pessoa.
  • Quando escolher outra pessoa para empurrar a cadeira explique que terá que fazer com cuidado.
  • O aluno com deficiência física poderá participar de qualquer atividade desde que seja empurrado por alguém.
  • Pessoa com paralisia cerebral podem ter dificuldades para andar. São pessoa comuns como você. Geralmente tem inteligência normal.
  • Se você não entender o que um Portador de paralisia cerebral diz, peça para repetir, pois isso é importante para que ele exercite a fala, e possa se comunicar com todos.








O jogo é um recurso eficaz no processo ensino aprendizagem, ou melhor, na construção do conhecimento. Para produzir o efeito desejado o jogo deve ser concebido pelo prório educador. Além disso, essas atividades lúdicas tem que construir uma forma de proposição de situações-problemas que os alunos desenvolvam sua criatividade e raciocínio.O jogo é uma atividade natural do desenvolvimento dos processos psicológicos básicos supõe um fazer sem obrigação, embra demandem exigências, normas e controle.

sábado, 12 de setembro de 2009

Quem disse que a nova geração só gosta de passar o tempo jogando videogame ou surfando na internet? Aprenda uma porção de jogos para tirar a criançada do sofá.
Brincar é uma atividade característica da infância. É através dessa atividade que a criança constrói sua aprendizagem acerca do mundo em que vive, da cultura, do meio em que está inserida.
A informática e o computador podem se tornar grande aliado do portador de necessidades especiais, é mais que uma ferramenta, que por ser motivadora, se torna um meio mais interessante do aluno para conhecer e aprender os conteúdos das disciplinas normais dos diversos ciclos.
O jogo computacional pode ser desenvolvido de acordo com as necessidades dos alunos, da escola e dos seus professores, assim, adequando-se a cada meio e aos poucos se tornando um novo instrumento de ensino.